Notícias

O encontro teve participação maciça de representantes dos diversos segmentos da cultura - Foto: Helder Faria / AL MT

Trabalhadores da cultura debatem futuro da classe em primeira reunião pública da CST

Mais de 80 pessoas participaram presencialmente, outras 50 pessoas acompanharam pela internet

Na manhã desta segunda-feira (07.08), representantes da classe artística e cultural de Mato Grosso lotaram a sala 202 (Sarita Baracat) da Assembleia Legislativa na primeira reunião pública da Câmara Setorial Temática (CST) da Cultura. Mais de 80 participantes presenciais e outros 50 participaram virtualmente.

Com a missão de diagnosticar, avaliar e discutir políticas públicas para o fortalecimento do setor cultural em Mato Grosso, o primeiro encontro contou com profissionais de diversos segmentos da cultura, de todas as regiões do estado, presencial ou virtualmente.

O presidente da CST da Cultura, deputado Beto Dois a Um (PSB), apresentou as propostas mais sugeridas no relatório produzido. Entre elas, a revisão das leis vigentes para o setor, as possibilidades na captação e distribuição dos recursos, além da construção de uma nova política estadual de fomento e desenvolvimento da cultura e da economia criativa.

“A CST começa a trabalhar e dar os primeiros passos importantes para que sejam identificadas as demandas dos mais variados segmentos da cultura. Precisamos que todos os municípios sejam representados, sem exceção. Esse primeiro encontro simboliza o ponto de virada, o start para uma grande mudança na cultura em Mato Grosso. Com a participação de todos podemos construir juntos novos caminhos”, destaca o parlamentar.

Entre as pautas discutidas no primeiro encontro, a apresentação de dados e demandas encaminhadas por artistas e agentes da cultura exibiu um panorama detalhado dos anseios da classe. A professora de teatro de Alta Floresta, Elisa Gomes Machado, destacou a importância do debate e a necessidade de unir forças.

“Estou na cultura há mais de 40 anos e posso dizer com autoridade que é essencial que nossas leis sejam debatidas com quem faz cultura. Políticas públicas de verdade, e tem que partir das nossas conferências, discutidas com quem faz cultura, como está ocorrendo aqui hoje. Eu olho ao redor nesta sala e vejo tantos trabalhadores da cultura que batalham há décadas, e continuam na luta. Não queremos mais passar o pires. O Beto (Dois a Um) foi sensível a causa quando era secretário de Cultura no Estado (Secel-MT) e fez a diferença, deixou um verdadeiro legado. O que ele está nos proporcionando agora é a oportunidade de discutirmos e construirmos juntos, fortalecendo assim, a nossa cultura”, declarou.

Luciene Carvalho, poeta e escritora, imortal da Academia Mato-grossense de Letras, também esteve na ALMT e destacou a oportunidade que a CST tem para pôr em prática as leis da cultura já existentes no estado.

“Eu penso que um dos papeis mais relevantes dessa Câmara Setorial Temática é fazer valer as leis de cultura que já temos no estado. E se nós fizermos só isso, já estaremos dando um passo importante. Assim podemos garantir a criação de novos mercados, transversalidade de linguagem artística e tudo mais que almejamos para a cultura. O artista precisa da dignidade de viver de arte. O que queremos é simples, fazer cultura em um estado rico em cultura. Não precisamos de ajuda, precisamos de investimentos”, destacou Luciene.

Acompanhar, analisar e propor melhorias para as políticas governamentais de fomento e desenvolvimento do setor, além de maior participação dos municípios também foram discutidos durante a reunião.

“Precisamos atualizar as leis da cultura para atender as demandas que a classe precisa. O fundo estadual de cultura é de suma importância para o setor, mas infelizmente não temos um aporte financeiro necessário que possa contemplar as demandas, que vão ao encontro da geração de emprego e renda e com a economia criativa e solidária de Mato Grosso”, enfatizou o vice-presidente do Conselho Estadual de Cultura, Adnilson da Silva, o DJ Taba.

Por fim, Jefferson Neves, secretário da Secel-MT, anunciou que vai levar as demandas colhidas na reunião ao Governo do Estado.

“A gente precisa ouvir o setor e saber quais as dificuldades que enfrentam lá fora, e tentar amenizar. Temos que ser práticos e colocarmos os pedidos da categoria em prática. Tivemos uma grande evolução no quesito orçamento da Assembleia, que antes era de R$ 11 milhões por ano, e com a vinda das emendas parlamentares, quando nossa proposta foi colocada em prática foi para R$ 128 milhões. Um grande avanço. Estamos abertos a diálogo e à valorização dos profissionais da cultura em nosso estado.

Próximas reuniões

O próximo encontro da CST da Cultura está programado para o dia 31 de agosto, no Auditório Milton Figueiredo, da Assembleia Legislativa de Mato Grosso, às 8h. Os encontros são sempre abertos, qualquer cidadão ou cidadã pode participar.

Já a terceira reunião deve ocorrer em setembro, dia 27 de outubro, um dia antes da Conferência Estadual de Cultura. Novamente o encontro da CST ocorrerá no Auditório Milton Figueiredo, da ALMT, porém, a partir das 14h.

A CST da Cultura segue por 180 dias (prorrogáveis por igual período) e está organizada em reuniões mensais que ocorrem sempre na ALMT. Todas as reuniões serão transmitidas ao vivo pela TV ALMT pelos canais: 30.1 e 30.2 (Aberto HD Digital), 3.2 (Rede Legislativa) e 10 (NET TV), canal do Youtube e demais redes sociais da Assembleia Legislativa de Mato Grosso.

Da Assessoria

Compartilhe essa Notícia

Mais Notícias