Com o Plenário de Deliberações Renê Barbour tomado por artistas, produtores, gestores e agentes culturais, a Câmara Setorial Temática da Cultura foi oficialmente instalada na manhã desta terça-feira (06).
Ciceroneado pelo deputado Beto Dois a Um (PSB), representantes de 35 município estiveram presentes, mais de 250 pessoas compareceram à cerimônia. A inciativa tem o objetivo de diagnosticar, avaliar e discutir políticas públicas para o fortalecimento do setor da cultura em Mato Grosso.
Entre apresentações artísticas e falas em defesa dos direitos dos profissionais de cultura, os pontos que mais ganharam destaque foram a municipalização da cultura, a descentralização dos recursos, a continuidade dos editais de fomento e construção de políticas públicas permanentes.
“Temos um Estado com dimensões continentais e, se não tivermos políticas públicas inclusivas que coloquem todos em condições de igualdade de disputar editais e entender como funcionam os editais, a cultura não avança. A municipalização deve ser pauta prioritária. A CST terá um bom conteúdo para avançarmos para que todos os movimentos culturais se sintam representados, para que gestores municipais se sintam amparados. Temos que fortalecer nossos gestores municipais para que eles estejam cada vez mais capacitados”, destacou Beto Dois a Um.
Para o secretário adjunto de Cultura de Mato Grosso, Jan Moura, o maior desafio da CST será o de encontrar uma solução para transformar a Cultura em política pública.
“A política cultural estadual se fortalece quando a política cultural municipal também se fortalece, portanto, nada melhor do que ter editais municipais ao invés de editais estaduais, afinal, é o gestor municipal que conhece os gargalos da sua região”, disse.
Ressaltando a importância de que a CST possa subsidiar a Assembleia Legislativa com dados técnicos e com informações precisas do setor, o pró-reitor de Cultura e Extensão da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), maestro Fabrício Carvalho, afirma que com a CST todos terão a capacidade de participar das discussões, podendo apresentar críticas e propor soluções para melhorar e ampliar as políticas públicas estaduais e municipais.
Membro da CST e vice-presidente do Conselho Estadual de Cultura de Mato Grosso (CEC/MT), Adnilson da Silva Lara, o DJ Taba, reforça a importância da cultura na economia do Estado e dos municípios. Citando dados, Taba lembra que a cada R$ 1 gasto no setor cultural, Mato Grosso tem um retorno de cerca de R$ 3, incluindo os setores de hotelaria, alimentação, mercados e tudo mais que envolvem a cadeia econômica.
“Temos a economia criativa que precisa ser aprofundada, as leis de patrimônio que são fundamentais, temos um patrimônio rico em Mato Grosso, tanto material quanto imaterial e vamos debater essas leis para atualizá-las. Leis de fomento ao setor cultural que precisam ter o aporte das empresas e melhor financiar o setor cultural no estado. Temos que implementar uma lei de cultura que possa ser híbrida”, conclui Taba.